nesta semana produziremos um texto já conhecido por você: resenha. Mas como se define este gênero de texto?
Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais (como uma feira de livros, por exemplo) ou de obras (cinematográficas, musicais, teatrais ou literárias), com o objetivo de apresentar o objeto (acontecimento ou obras), de forma sintetizada, apontando, guiando e convidando o leitor (ou espectador) a conhecer tal objeto na integra, ou não (resenha crítica).
Uma resenha deve conter uma análise e um julgamento (de verdade ou de valor).
Como exemplo, fiz uma resenha de um livro que já foi recomendado a você. Ao ler o texto, lembrará.
Pão Feito Em
Casa - Três Jovens, Uma Receita, Alguns Segredos
Os ingredientes desta receita
literária contêm: uma velha tutora de três adolescentes, uma casa assustadora,
dramas pessoais na vida dos três estudantes, uma pitada de mistério, uma dose
de violência, muitas regras a seguir, obediência, descobertas e surpresas. Degustar
esta história é tão bom quanto comer pão feito em casa. Mas não dá pra ler dez
páginas e largar, senão o pão esfria, assim como o interesse pela história.
O livro Pão feito em casa, de Rosana Rios, editora Besourobox, 2012, 144
páginas apresenta aos poucos as personagens, no tempo presente e o passado em
flashback nos pensamentos. A história se passa na pensão de dona Cármina, num
bairro da capital. O casarão era assustador e não suscita nenhuma vontade de
entrar lá, muito menos viver. Dona Cármina dava ordens e o negócio era
obedecer. E quem lhe devia obediência eram três adolescentes que estavam no
pensionato para concluir o Ensino Médio. Um era Tobias Elisandro, calado, estudioso,
com história de maus tratos, com passagem pela Fase e Febem. Outro garoto era
Ricardo Laurent, nerd, esquivo, tímido, com pais ausentes emocional e
fisicamente, havia se envolvido com drogas. A garota chamava-se Ariana Rizz, a
personificação da revolta; vivia uma fase gótica, órfã de pais e já passara por
três tias que a não aturaram.
E como essa trinca de
adolescentes aguentou viver, durante aproximadamente um ano com uma velha mandona,
inflexível e fria? Recomendo-lhe a leitura desta obra para saber o que os
jovens aprontaram e o que também aprenderam. Como o próprio título anuncia há
muitos mistérios, um incêndio, a violência na invasão de bandidos à pensão,
entre outros fatos.
No final, você entende porque uma
vez na semana D. Cármina, Ri, Tob e Ari faziam pão na cozinha. Sob as ordens da
primeira, colocavam a mão na massa, misturavam os ingredientes “A massa precisa
ser bem sovada” para depois crescer. Uma criativa metáfora de Rosana Rios para
simbolizar os caminhos estreitos, disciplinados e indispensáveis que um adolescente deve passar para sair mais fortalecido e resiliente para a vida.
Prof.ª Elisete M. C. Dalsochio, 25-08-19
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