hoje posto um texto escrito por mim em 21 de julho de 2010. O assunto é atual. Deixo para você fazer sua apreciação e sua família também.
Abraço da professora Elisete
A educação vai melhorar com o empenho de todos
O pensamento do senador da
República Cristóvam Buarque norteia esta
crônica – “O Brasil ficou entre 8 melhores do mundo do futebol e ficou triste.
É 85º em educação e não há tristeza”. O ex-ministro chama à razão sobre o que é
prioridade para o crescimento de um país e o futuro dos jovens: educação, não o
futebol.
Como a “educação é tudo”, é preciso
voltar todas as forças das comunidades escolares, que unidas, poderão
transformar a atual realidade do ensino nas redes públicas. A situação revelada
em números na fala do senador não é promissora e precisa ser revertida. Também os números da Prova Brasil de 2009 são
ruins. O índice do IDEB de 2009 revelou que a média da 8ª série no Estado, em Português e Matemática ficou em 4.2, sendo que a média dos países desenvolvidos
é de 6.0. Constata-se as dificuldades nos cálculos e raciocínio matemático e na
compreensão de textos, competências essenciais à sobrevivência de um cidadão, seja na vida pessoal como
profissional.
Neste sentido, é importante
ressaltar o exemplo de uma escola municipal de São Valentim, de pouco mais de
3000 mil habitantes que obteve a melhor nota da Prova Brasil/2009 no RS. Uma
escola que prima pelo método tradicional de ensino, incluindo ditado e cópia de
textos diariamente. Também neste município aplica-se 30% do orçamento municipal
na educação, um bom exemplo para os outros municípios do Rio Grande do Sul,
principalmente, para o governo do Estado que procura reduzir, enxugar cada vez
mais os investimentos em educação.
O exemplo dos países asiáticos
também deve ser seguido, pois diferentemente de nossa realidade, sabe-se que o
silêncio se faz presente nas aulas e podem-se ouvir perfeitamente as
explicações dos professores até no corredor. Inclusive os alunos leem muito,
estudam integralmente, na escola e em casa fazem temas, trabalhos e estudam.
“Apenas” isso.
O fato é que no Brasil, os
descendentes dos asiáticos estão ocupando os melhores empregos, os mais
qualificados e bem remunerados porque eles vivenciam a cultura de que o estudo
é importante e deve ser levado a sério.
Fica o chamamento à
responsabilidade de todos os envolvidos na educação: mantenedores, escola e
família para se empenharem na melhora dos índices de ensino. Que ocorra
aprendizagem e a média se eleve juntamente com a disciplina, o interesse, a atenção,
a leitura, os cálculos diários, a realização de temas e trabalhos.
No futebol, não se ultrapassam os
dedos das mãos os bem-sucedidos jogadores milionários (ou mercenários?) no Brasil.
Mas nos outros setores como comércio, serviços, na advocacia, na engenharia,
nas profissões da saúde, entre outras, há milhares de oportunidades de se pôr
em prática o conhecimento e as habilidades apreendidas nos bancos escolares e
viver a dignidade de um cidadão.
Elisete
Maria Cargnelutti Dalsochio
Professora
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